Corrida de carrinhos de rolamentos

IV Rola + Ambiente

Uma corrida de carrinhos de rolamentos feitos a partir de materiais recicláveis, tendo por tema os veículos dos bombeiros, realizou-se no dia 20 de Abril, no Parque Sant’Iago, em Setúbal.

Esta iniciativa, entre outros objectivos, divulgou a Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, como instituição de protecção e socorro, junto da comunidade escolar e civil, assinalando o aniversário da CBSS e decorreu no âmbito do “+ Ambiente”, um projecto liderado pela Câmara Municipal que envolve um vasto conjunto de instituições promotoras de actividades regulares na área da inclusão social.

A iniciativa pretendeu sensibilizar para o recurso à reutilização de materiais na construção artesanal de carrinhos de rolamentos alusivos aos veículos de combate a incêndios, bem como aprofundar o espírito de equipa, um dos princípios do “+ Ambiente”, que tem nos seus objectivos a união de esforços e o trabalho em parceria.

Foi uma tarde muito divertida.

Capotamento

Nem sempre a fé, e nem mesmo nesta época da Páscoa, chega para evitar os acidentes.

Para além do aparato, os intervenientes deste acidente não sofreram problemas físicos relevantes.

Treino de mergulho

Os Sapadores têm uma equipa de mergulho, com cerca de 15 homens, que tem por função intervir em cenários tão díspares como poços, docas ou rios com a finalidade de recuperar pessoas e bens.

Nesta situação, com inicio em diversos treinos físicos, foram desenvolvidas, por uma parte da equipa, técnicas de busca subaquática com base na busca circular, que por ser bastante minuciosa, tem a finalidade de recuperar pequenos objectos entre os quais revólveres e outros objectos necessários para apresentação como prova de possíveis crimes e outros objectos pessoais.

Para efectuar este tipo de busca, cada equipa é composta por 4 elementos.

1 Mergulhador de busca
1 Mergulhador de Linha Guia
1 Mergulhador Pronto
1 Supervisor

Foram também treinadas técnicas de recuperação de mergulhador acidentado.

Resgate de um "Bufo Real"

Fazem parte das atribuições dos Bombeiros Sapadores o resgate de animais em perigo.

Neste caso, este pequeno "Bufo Real" foi resgatado de uma rede de protecção de um campo de futebol onde se encontrava preso. Por se encontrar debilitado fisicamente, não foi possível devolve-lo imediatamente à natureza tendo sido entregue ao SEPNA - Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR para posterior entrega ao Centro de Recuperação de Animais Selvagens mais próximo.

Pequenos incêndios

Os grandes incêndios começam por ser pequenos.
O rápido alarme seguido de uma pronta intervenção evitam que ganhem maiores proporções.






Mesmo quando são pequenos, o fumo que geram obriga à utilização de sistemas de ventilação para dissipar os gases provenientes dessa combustão.

Foi o caso deste pequeno incêndio que ao ser prontamente atacado evitou males maiores.

Processo de estabilização

Num ambiente bastante hostil, dado o temporal que se abateu sobre este acidente, duas vítimas tiveram de ser desencarceradas em simultâneo.

Todo o processo de estabilização, ainda no interior da viatura, obrigou à necessária utilização dos equipamentos de desencarceramento que as imagens documentam.

Abertura de porta com vítima no interior

No decorrer destas reportagens que tenho vindo a efectuar com os Bombeiros Sapadores de Setúbal, tenho-me apercebido de algumas realidades sociais e outras, e de entre elas, destaco a abertura de portas com vítimas no interior.

Temos vindo a ouvir nos Órgãos de Comunicação Social a alusão ao facto de aparecerem pessoas mortas em casa sem ninguém dar por isso. Nem imaginam os cidadãos, a quantidade de serviços efectuados pelos Bombeiros, mas que, mesmo assim, não evitam que essas pessoas morram, porque, nem elas nem ninguém, conseguem dar o alarme.

A azáfama da sociedade actual, faz com que os idosos fiquem entregues a si próprios, longe dos familiares que lhes poderiam dar atenção e cuidados. As preocupações de todos nós, não chegam para diminuir o tempo de resposta que o salvamento deste tipo de vítimas deverá ter, para não ser descoberta morta, algumas horas ou dias depois, por Bombeiros, familiares, amigos ou vizinhos.

Terão de ser difundidos mais sistemas que possibilitem aos idosos pedirem ajuda, quer automaticamente quer manualmente, para que o socorro seja possível.

Na última abertura de porta, deste tipo, onde estive presente, receava-se o pior. Cerca de 2 horas depois dos familiares tentarem entrar na casa de um familiar com mais de 90 anos, os bombeiros foram chamados.

A auto-escada não teve altura para chegar ao andar, onde a senhora não respondia, e a porta estava fechada por dentro. Depois de ter sido forçada a entrada, com a devida autorização dos familiares, a senhora acordou do seu tranquilo sono e com um olhar sereno, mas alheada de toda a evidente preocupação, nos foi dizendo que estava a dormir e que não tinha ouvido nada.

Desta vez, tal como o título do Blog indica, “Histórias do fim da linha… ou talvez não”